segunda-feira, maio 16, 2005

Os dias

São tardes vazias
de dias que passam,
só por passar

É a brisa que flui,
os carros que batem,
só por bater

Fugir para onde?
Esconder-me de quê?

São abraços sem fim,
chorosos, apertados
só por sentir

Sou abrigo sem luz
infestado de mofo,
só para mofar

Quem quer sair?
Quem vai entrar,no seu lugar?

A goteira insistente
que só faz pingar,
é um pedaço de mim
que não deixa acabar
a monotonia

de tardes vazias,
de dias que passam
só por passar.