quinta-feira, março 31, 2005

'Deixos' 2

Deixo, não, de lado a boemia,
porque pedes o fim da minha alegria.

Que queres com minhas noites de embriaguez e poesia?
Deixe ser loucura só minha.

Deixe ser minha a vontade, o desejo.
Porque insano é tudo o que vejo,
e se não sou eu, és tu.
E da culpa tua, tens tua mente vazia
e eu só as palavras.

Paz.

É meia-noite,
Maes aflitas
E crianças, choram
Corpos estalam.
Tárátátá.

Enquanto isso, do outro lado do mundo
O tirano bebe seu café.

quarta-feira, março 30, 2005

'Deixos'



Deixo ser você o que quiser.
Os olhares seus, adentro.
Sei quem é.



terça-feira, março 29, 2005

Vinícius, para começar em alto estilo.

São demais os perigos desta vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida.
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher.
Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer, de tão perfeita.
Uma mulher que é como a própria Lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua.